Na China existem 56 grupos étnicos, cada um com sua própria cultura e religião, mas entre todas as religiões, o budismo é a que mais tem adeptos. É muito difícil avaliar o número de praticantes do budismo na China, pois estão espalhados por todo o país, e não existe um ritual de iniciação com contagem de novos adeptos.
A tradição se iniciou durante o reinado do Imperador Ming da dinastia Han do leste (25-220 d.C.), que encomendou a Cai Yin e mais de 17 dirigentes e intelectuais que fossem a diversos países a oeste da China em busca de informações sobre o Budismo. Encontraram-se com Kasyapamatanga e Dharmaranya, duas grandes expressões do budismo na Índia, à época, convidando-os para uma visita à capital Luoyang, da época. Os dois líderes espirituais trouxeram em lombo de cavalos brancos imagens e sutras budistas. O Imperador Ming ordenou a construção de uma residência para eles em Luoyang, transformando-se no primeiro templo budista da China; o monastério Baima (Cavalo Branco em chinês).
A propagação do budismo foi inicialmente tímida e discreta; mas no terceiro século já estava bastante difundido. No século IV foi permitido aos chineses tornarem-se monges budistas, e no início do século seguinte, um célebre peregrino budista, Fa-Hien, introduziu na China uma grande quantidade de documentos búdicos que buscou diretamente na fonte, na Índia. O primeiro Budismo que chegou à China foi o Mahayana.
O Budismo chinês tornou-se então uma doutrina bem diferente do Budismo autêntico. Em lugar de nirvana, pregou a calma, a tranquilidade do espírito; em lugar da abolição do desejo, o não agir Taoísta ou entre os Confucionistas, o respeito às regras e às formas tradicionais. A China dá ao Budismo uma atitude menos especulativa, menos interessada pelos problemas metafísicos e mais resolutamente orientada para os problemas da vida cotidiana. O Budismo, por seu lado, inculta à China uma atitude mais profundamente religiosa. A piedade filiar, que era sobretudo uma virtude de família, transforma-se em um culto. Os antepassados passaram a ser olhados como habitantes de um mundo sobrenatural. E o sentimento búdico da piedade para com todos os seres que sofrem da bondade universal, foi para a China uma espécie de revelação. A Índia levou à China o sentido da caridade e da beneficência.
A doutrina taoísta acredita que não se deve tentar entender as estruturas da natureza e sim sujeitar-se às leis naturais. E é guiada pelas três jóias, que seriam a compaixão, a moderação e a humilhação. Entre as formas de se alcançar a plenitude espiritual pelo taoísmo está a meditação, a prática do feng shui, a leitura dos textos sagrados, e a leitura da sorte ou adivinhação.
Como as demais filosofias orientais, assim como o budismo, o taoísmo não é unicamente uma religião, é um estilo de vida, todo um sistema ético de práticas e ensinamentos que guiam a vida dos seus seguidores. Um dos principais ensinamentos do taoísmo prega o desprendimento dos bens materiais como forma de alcançar o seu caminho.
Diferentemente da tradição judaico-cristã, o taoísmo não acredita num ser criador supremo nem na imortalidade da alma. Assim como outras religiões orientais, coloca sua ênfase na preocupação com o autodesenvolvimento e o comportamento moral, fornecendo orientações sobre o lugar do ser humano no universo e sobre como ele deve agir.
Como resultado dessa forma de se configurar, o taoísmo é bastante tolerante quanto aos pontos de vista e à metodologia, fazendo com que muitas pessoas adotem uma ou outra prática — por exemplo, a meditação ou o tai chi chuan — sem que haja uma preocupação com todo o sistema de pensamento. O taoísmo também se manifesta nos cultos domésticos, em que se oferecem incenso, água, alimentos e flores aos antepassados. A busca da quietude, da tranquilidade mental e de uma existência simples é fundamental para a harmonização com o tao.
O taoísmo ensina o exemplo da água, que sempre corre para o vale e cuja natureza é suave, mas em tudo penetra, dissolvendo até aquilo que é mais duro. Ela jaz nas partes mais baixas e profundas da terra e a todos nutre. Os taoístas desenvolvem essa quietude por meio da meditação e de práticas devocionais que tragam calma e paz. Buscando se identificar com a natureza, cultiva-se uma vida de apreciação do mundo natural, tradicionalmente em montanhas, bosques e vales calmos.
Confúcio não foi um profeta, Deus, ou sacerdote do confucionismo. A figura do pensador é como um guia espiritual, um filósofo que orienta a vida dos seus seguidores pelo caminho da harmonia.
Uma das formas de fazer este papel de guia é através de seus ensinamentos, muitas vezes disseminados entre os confucionistas e simpatizantes da filosofia por meio das frases que teriam sido proferidas por Confúcio. São axiomas ou frases motivacionais e elucidativas que orientam as escolhas do indivíduo.
O princípio básico do confucionismo é conhecido como junchaio, o ensinamento dos sábios. O Confucionismo, assim como o Taoísmo, acredita no Tao, no caminho superior que todos os indivíduos buscam em sua vida, em equilíbrio entre a vida mundana e a espiritual, entre o homem e a natureza.
O Confucionismo tem como objetivo fomentar a ordem do universo através do ordenamento das relações sociais. Segundo o Confucionismo, se as relações sociais estiverem equilibradas, o universo estará equilibrado e todos os seres viverão felizes e em harmonia. Nesse sentido, o Confucionismo procura disciplinar todo tipo de relação social: a relação entre pai e filho, entre irmãos mais velhos e irmãos mais novos, entre cônjuges, entre governantes e governados, entre antepassados e descendentes, entre patrões e empregados, entre superiores e subalternos, entre amigos, entre professores e alunos e entre o céu (a divindade máxima) e os demais seres do universo.
O Confucionismo não tem um único livro sagrado, mas diversas obras textuais que orientam os seguidores da doutrina. Entre elas estão os Anacletos, ou em chinês Lun Yu, que reúne os ensinamentos de Confúcio, o Mengzi, livro escrito por Mêncius, o segundo sábio do confucionismo, e o Wu Ching, ou os cinco clássicos.
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